Dia Mundial da Dança
Hoje celebra-se o Dia Mundial da Dança. A Unesco estipulou esta data porque foi o dia em que nasceu um dos grandes nomes mundiais da dança – Jean-Georges Noverre.
Sabias que …
Portugal é conhecido por ser um país com tradições culturais muito apreciadas? Como tal, a criação e presença de várias danças típicas tradicionais que são únicas em todo o mundo é obrigatória e indispensável no nosso país.
As danças tradicionais representam os costumes e o quotidiano do povo português e, quando ligados à música popular e ao acordeão, fazem-nos orgulhar do nosso país e dos nossos antepassados.
Recorda agora algumas danças tradicionais portuguesas.
- Os Pauliteiros de Miranda. Dança tradicional de Trás-os-Montes constituída por 8 homens que se vestem com saias brancas e seguram um pau em cada mão e que bailam ao som da gaita de foles, da caixa e do bombo.
- O Vira do Minho. Dança rainha do Alto Minho. Os bailarinos juntam-se numa roda, aos pares, onde os homens avançam e as mulheres recuam até ouvirem o famoso grito “Virou” ou “Fora”. De seguida, trocam de par e o movimento repete-se até voltarem ao lugar inicial.
- O Fandango Ribatejano. Dança de ritmo mais lento, onde os trajes mais escuros predominam. O Fandango ainda é dançado em várias localidades do país, com diferentes ritmos, movimentos e arranjos e são acompanhados de pífaros, clarinetes, gaitas-de-beiços e harmónios.
- Bailinho da Madeira. Nas ilhas também se criam danças tipicamente portuguesas, como é o caso do bailinho da Madeira, que junta um grupo de bailarinos vestidos com o traje típico da ilha e que danças em volta do “brinquinho” – um instrumento composto por um grupo de 7 bonecos de pano.
- Bailarico Saloio. É uma das danças mais típicas de Portugal, conhecida pelo ritmo e movimentos acelerados. Os movimentos, ainda que muito agitados, são simples pois pretendem refletir a genuinidade portuguesa.
- O Vira da Nazaré. Dança representada pelos pescadores e pelas suas mulheres. Os homens vestem uma camisa de xadrez, as ceroulas com que vão trabalhar e um barrete na cabeça – que servia para se guardar dinheiro, tabaco, e claro, para proteção. O traje é ainda acompanhado por uma faixa na cintura, que tem a função de uma corda, que pretende socorrer alguém, caso haja um acidente no mar.
- O Corridinho. Inicialmente era uma dança de salão e foi trazida para Portugal no início do século XX. O acordeão é um instrumento obrigatório, que acompanha a dança a pares, formando-se uma roda, onde as raparigas ficam na parte de dentro e os rapazes na parte de fora. A roda vai girando e os pares vão-se alterando, enfatizando o barulho dos pés no chão, cada vez mais forte.
- Chula Rabela. Esta dança era muito comum nos casamentos da região sul do Douro, onde, por norma, era iniciada pelos noivos. Os cantores improvisam uma desgarrada, que deve ser acompanhada por violinos e violas e põem à prova a resistência física dos bailarinos, que vão mostrando os seus dotes artísticos.
- A Farrapeira. Dança típica do interior nortenho que é acompanhada de uma guitarra, ainda que em algumas regiões, possam ser usados também o pífaro e a gaita de fores. O refrão é instrumental, o que não costuma acontecer com as danças típicas portuguesas que temos visto até agora.
- A Tirana. Dança-se exclusivamente nas regiões do Minho até à Beira Litoral, mas tem maior incidência em Coimbra. Esta dança tem um ritmo valseado e é muitas vezes confundida com o vira, uma vez que é dançada nos ranchos folclóricos.
Conheces ou já fizeste parte de alguma destas danças? És bailarino de outras danças? Partilha a tua experiência connosco.
“Quando a música e a dança são criadas com harmonia…a sua magia cativa tanto o coração, quanto a mente.” – Jean-Georges Noverre