Da grande cidade para o campo: A descoberta da Apicultura
Quando há 16 anos optamos por vir de Lisboa para a Guarda estávamos longe de pensar que iriamos descobrir esta atividade que se tornou paixão, dedicação e até lazer!
Sim lazer, quando se tem uma vida laboral agitada durante a semana, ir para o campo cuidar das colmeias, perceber as necessidades das abelhas, ver a evolução dos exames e do trabalho árduo, organizado e profícuo de um ser aparentemente pequeno e simples, mas que é grande e complexo na capacidade de trabalho, metodologia e que produz um néctar a partir de pequenos grãos de pólen, é maravilhoso e relaxante.
É sem dúvida a natureza a dar-nos cartas e as abelhas são a prova de que é necessário cuidar da nossa casa comum, porque hoje elas estão ameaçadas assim como muitas outras espécies essenciais ao ecossistema.
O gosto pelo produto final das abelhas, o doce mel, já era sem dúvida um bem indispensável na nossa casa, umas torradinhas com mel, o adoçar bebidas com mel, cozinhar com mel, já era uma prática na nossa alimentação.
Mas ter abelhas e cuidar delas só acontece quando há cerca de 5 anos um amigo, nos levou a conhecer o que era uma cresta e como sabia diferente poder participar nesta atividade de recolha do mel dos quadros onde as abelhas o produzem e no final tem o trabalho de opercular. E foi neste dia de atividade e de convívio que nasceu a curiosidade e o interesse por saber mais sobre o maravilhoso mundo das abelhas!
E assim foi nascendo a ideia de termos um apiário de podermos ter uma atividade onde produzíssemos algo e onde também contribuíssemos para o número de abelhas existentes. Pusemos mãos à obra e adquirimos um pequeno terreno, numa zona de serra com água, floração, árvores autóctones.
As primeiras colmeias, os primeiros enxames e a primeira cresta, onde tudo foi saboreado com alegria e prazer e onde os primeiros frascos de mel foram distribuídos por família e amigos com grande orgulho e gratidão por retirarmos de um ser tão pequenino tantos ensinamentos.